Mas, se assim é, dirá alguém, porque celebrar esta segurança de salvação como sendo um apanágio da devoção à Mãe de Deus? Ora, será reprovado aquele que é verdadeiramente dedicado a Deus? – Evidentemente, não!
Como poderíamos duvidar do poder e da bondade do Salvador de nossas almas, d’Aquele que criou Maria Santíssima e que sempre, com tamanha ternura, acolheu os pecadores desejosos de conversão?
Acharemos resposta à dificuldade, se ponderarmos que, para alcançar um fim, não basta possuir os meios: é preciso saber empregá-los.
Jesus Cristo é Juiz e Salvador.
Ora, como será possível, em face disto, que o pecador tenha por Ele uma devoção inspirada pela confiança?
Após o pecado, o grito natural da alma é o grito de São Pedro: “Senhor, afasta-te de mim que sou um pecador”. (Lucas 5,8).
Este obstáculo à confiança desaparece somente quando podemos apresentar-nos a Jesus Cristo apoiados nesta Rainha puríssima, toda misericordiosa.
Eis o socorro por que Maria completa acidentalmente o desígnio divino da redenção. Eis como, sem nada subtrair à glória do Filho primogênito, Ela salva a todos os outros filhos que Deus lhe deu.
Pobres pecadores! A justiça do Filho pode espantar-vos e ameaçar-vos! Mas, que a misericórdia da Mãe vos atraia!
Quando uma criança incorre na indignação do pai, e este a ameaça, ela se lança nos braços da mãe, não para afrontar o pai, mas para receber o perdão por meio dela que, com certeza,
há de sentir-se comovida ante este ato de confiança.
há de sentir-se comovida ante este ato de confiança.
Assim deve ser conosco.
Digamos, então, muitas vezes, a esta boa Mãe que não cesse de implorar por nós diante de seu Jesus, de seu Filho, de Nosso Senhor. “Assidue pro nobis precare Iesum, Filium tuum
et Dominum nostrum”. – Dizia São João Crisóstomo. E teremos certa a nossa salvação. É o que diz Santo Agostinho: – “Aquele por quem a Mãe de Deus reza ainda que só uma vez, salvar-se- á irrevogavelmente” – Cf.. muitos textos dos Santos Padres sobre
o assunto em nossa obra: “Porque amo Maria”, cap. XIV.
et Dominum nostrum”. – Dizia São João Crisóstomo. E teremos certa a nossa salvação. É o que diz Santo Agostinho: – “Aquele por quem a Mãe de Deus reza ainda que só uma vez, salvar-se- á irrevogavelmente” – Cf.. muitos textos dos Santos Padres sobre
o assunto em nossa obra: “Porque amo Maria”, cap. XIV.
Feliz aquele que se mostra verdadeiro servo de Maria!
Pode ter fraquezas e até cair, mas contanto que deseje sair deste seu estado e que invoque a Maria, alcançará a força de viver como bom cristão e de não ser indigno da proteção da Rainha do céu.
Postas estas condições, ele poderá pretender, com sua dedicação à Santíssima Virgem, uma garantia de perdão e de salvação
(O Segredo da Verdadeira Devoção Para Com a Santíssima Virgem, Segundo São Luís Maria Grignion de Montfort. Pe. Júlio Maria de Lombaerde — IV. A Salvação por Maria, página 45 à 46)
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