
Imprimi antes em todo o meu ser o movimento de amor que cria a piedade, afim de que, transpondo os limites do visível, entre pela fé nas puras regiões do invisível, que vós encheis de vossa majestade e animais de vossa vida; fazei, Senhor, que meu espírito aí se ilumine pela contemplação das verdades eternas, que arda meu coração em puras chamas ao contato do impetuoso braseiro do vosso santo amor, que minha vontade sorva indomáveis energias no infinito reservatório de vossa onipotência.
E, sem perder as alegrias desta íntima união convosco produzida pela oração, voltarei, transfigurado, à tarefa que me é imposta; melhor me aplicarei a meus deveres de estado, serei mais paciente e benévolo para com meus semelhantes, mais resignado na dor, mais zeloso da vossa glória.
Assim aprenda o mundo, oh bom e amado Senhor, por meu exemplo, que não só cumulais de felicidade aos que vos amam, mas sobretudo que a prática da piedade torna melhor, que o cristão fiel é um eleito na eternidade na proporção em que no tempo se faz mais verdadeiramente homem, e que, portanto, em vós, oh meu Deus, é que devemos procurar a graça de nos aperfeiçoar e tornar sempre mais uteis ao próximo.
Amém!
Amém!
(Pe Guibert, a piedade)
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