domingo, 5 de maio de 2019
quinta-feira, 2 de maio de 2019
MOTIVOS DE CELEBRAR O MÊS DE MAIO COM FERVOR
MOTIVOS DE CELEBRAR O MÊS DE MAIO COM FERVOR
Motivos que devem incitar-nos a celebrar este mês com fervor:
1.º A dignidade incomparável de Maria.
2.º O exemplo dos Santos, que todos foram devotos de Maria.
3.º As vantagens da devoção a Maria.
PRIMEIRO PONTO
Em grau eminente reuni a admirável Maria todas as qualidades as mais próprias para inspirar-nos sentimentos de profunda veneração para com ela. É a mais santa de todas as criaturas, a obra prima das mãos de Deus, a Rainha do Céu e da terra, a Protetora e Mãe dos cristãos, a dispensadora de todas as graças, e, o que excede tudo o que o espírito humano pode compreender, é a Mãe de Deus, e dela é que nasceu o adorável Jesus. Estas inefáveis prerrogativas a tornam muito superior a todos os Anjos e Santos, e lhe dão os mais incontestáveis direitos sobre nossos corações. Tenhamos pois sempre para com esta terna Mãe um respeito sincero, um amor filial, e uma inteira confiança. «Amemos a Mãe de Deus, exclama S. Bernardo, amemo-la com toda a extensão de nossos corações, e com toda a ternura de nossos afectos; tributemo-lhe todas as honras devidas á maternidade divina.» Em verdade, lembrando-nos que Maria é Mãe do Criador, nunca teremos por excessivos os testemunhos de nossas veneração para com ela; quanto fizermos, nunca será bastante para honrar aquela, a quem o mesmo Deus tanto honrou. Ah! pelo menos, consagramos todo este mês à sua glória, e não deixemos de vir um só dia junto ao seu altar celebrar seus louvores, e oferecer-lhe o tributo de nosso amor e gratidão.
SEGUNDO PONTO
A devoção a Mãe de Deus tem sido em todos os séculos as delícias dos maiores Santos. Nenhum há de entre eles, que não a tenha amado com ternura, e invocado com respeitosa confiança. Seria impossível dizer tudo quanto lhes inspirou o zelo pela glória desta incomparável Virgem, tudo quanto fizeram, quanto disseram, quanto escreveram para celebrar suas grandezas, para propagar seu culto por todo o universo, para instituir práticas de piedade, ordens religiosas, sociedades santas em sua honra, para multiplicar o número de seus servos fieis, para lhe conquistar todos os corações. Quanto não deve o exemplo de tantos bem-aventurados, que se santificaram ajudados pela devoção a Maria, e pelo socorro de sua proteção, incitar-nos e reanimar em nossos corações os sentimentos de respeito, de confiança e d’amor, que devemos a tão boa Mãe! Proponhamo-nos eficazmente servi-la durante este mês o melhor que podermos, e tributar-lhe todos os dias com um santo fervor nossas adorações.
TERCEIRO PONTO
Tem-se dito muitas vezes, e nunca se poderá repetir de sobejo, que a devoção à Santíssima Virgem é, no sentimento dos Santos Doutores, a origem das mais abundantes graças, um feliz presságio de santidade, e um dos mais seguros sinais de predestinação. Esta Celeste Mãe não cessa nunca de se interessar pela salvação daqueles, que a invocação, e de lhes alcançar os socorros, que lhe são necessários. «Mais facilmente acabarão os Céus e a terra, diz o devoto Luiz de Blois, do que Maria deixará de socorrer aquele, que a implora sinceramente.» E Santo Anselmo não duvida afirmar, que um verdadeiro servo de Maria não pode perecer eternamente, se pois nós cumprirmos fielmente as santas práticas, que nos são propostas para este mês, certo que receberemos grandes favores desta benigna Soberana. Mas não nos esqueçamos de que o verdadeiro meio de atrairmos sobre nós sua poderosa proteção, é trabalharmos por seguir suas pisadas, e imitar seus exemplos. Proponhamo-nos pois passar este mês tão santamente, que a nossa seja uma fiel imitação da vida d’esta admirável Mãe; e escolhamos antecipadamente as virtudes que queremos praticar para lhe agradar.
ORAÇÃO
Rainha do Céu e da terra, Maria, Mãe do meu Deus e minha Soberana; indigníssimo, como sou, de aparecer em bossa presença, venho todavia prostrar-me a vossos pés, para oferecer-vos as primícias d’este ditoso mês, que vos é consagrado. Ó minha Mãe Santíssima e amabilíssima, lá desde o elevado trono de vossa glória dignai-vos lançar sobre mim vossos olhos de bondade, que são a alegria do paraíso. Fazei ressoar em meu coração daquelas palavras de salvação, cuja doçura encantadora faz enlevar de júbilo a quem as ouve. Misericordiosíssima Virgem, eu sou o último de vossos servos: mas quero ser um daqueles, que vos visitem com mais fidelidade e perseverança durante este mês de graças e de benção. Sim, minha Carinhosa Mãe, visitar-vos-ei o maior número de vezes que poder; virei todos os dias junto de vosso altar bendizer-vos, implorar-vos, louvar-vos, e mostrar-vos o meu amor. Ouso esperar que osso coração maternal, esse coração tão bom, tão terno, tão compassivo, não será insensível ao que desejo fazer por bós, e que me concedereis durante este mês, em toda a minha vida, e particularmente na hora da minha morte, o socorro de vossa proteção poderosíssima.
(Novíssimo Mês de Maria ou Mês das flores dedicado à Santíssima Virgem, 1869. Páginas de 57 à 62)
Motivos que devem incitar-nos a celebrar este mês com fervor:
1.º A dignidade incomparável de Maria.
2.º O exemplo dos Santos, que todos foram devotos de Maria.
3.º As vantagens da devoção a Maria.
PRIMEIRO PONTO
Em grau eminente reuni a admirável Maria todas as qualidades as mais próprias para inspirar-nos sentimentos de profunda veneração para com ela. É a mais santa de todas as criaturas, a obra prima das mãos de Deus, a Rainha do Céu e da terra, a Protetora e Mãe dos cristãos, a dispensadora de todas as graças, e, o que excede tudo o que o espírito humano pode compreender, é a Mãe de Deus, e dela é que nasceu o adorável Jesus. Estas inefáveis prerrogativas a tornam muito superior a todos os Anjos e Santos, e lhe dão os mais incontestáveis direitos sobre nossos corações. Tenhamos pois sempre para com esta terna Mãe um respeito sincero, um amor filial, e uma inteira confiança. «Amemos a Mãe de Deus, exclama S. Bernardo, amemo-la com toda a extensão de nossos corações, e com toda a ternura de nossos afectos; tributemo-lhe todas as honras devidas á maternidade divina.» Em verdade, lembrando-nos que Maria é Mãe do Criador, nunca teremos por excessivos os testemunhos de nossas veneração para com ela; quanto fizermos, nunca será bastante para honrar aquela, a quem o mesmo Deus tanto honrou. Ah! pelo menos, consagramos todo este mês à sua glória, e não deixemos de vir um só dia junto ao seu altar celebrar seus louvores, e oferecer-lhe o tributo de nosso amor e gratidão.
SEGUNDO PONTO
A devoção a Mãe de Deus tem sido em todos os séculos as delícias dos maiores Santos. Nenhum há de entre eles, que não a tenha amado com ternura, e invocado com respeitosa confiança. Seria impossível dizer tudo quanto lhes inspirou o zelo pela glória desta incomparável Virgem, tudo quanto fizeram, quanto disseram, quanto escreveram para celebrar suas grandezas, para propagar seu culto por todo o universo, para instituir práticas de piedade, ordens religiosas, sociedades santas em sua honra, para multiplicar o número de seus servos fieis, para lhe conquistar todos os corações. Quanto não deve o exemplo de tantos bem-aventurados, que se santificaram ajudados pela devoção a Maria, e pelo socorro de sua proteção, incitar-nos e reanimar em nossos corações os sentimentos de respeito, de confiança e d’amor, que devemos a tão boa Mãe! Proponhamo-nos eficazmente servi-la durante este mês o melhor que podermos, e tributar-lhe todos os dias com um santo fervor nossas adorações.
TERCEIRO PONTO
Tem-se dito muitas vezes, e nunca se poderá repetir de sobejo, que a devoção à Santíssima Virgem é, no sentimento dos Santos Doutores, a origem das mais abundantes graças, um feliz presságio de santidade, e um dos mais seguros sinais de predestinação. Esta Celeste Mãe não cessa nunca de se interessar pela salvação daqueles, que a invocação, e de lhes alcançar os socorros, que lhe são necessários. «Mais facilmente acabarão os Céus e a terra, diz o devoto Luiz de Blois, do que Maria deixará de socorrer aquele, que a implora sinceramente.» E Santo Anselmo não duvida afirmar, que um verdadeiro servo de Maria não pode perecer eternamente, se pois nós cumprirmos fielmente as santas práticas, que nos são propostas para este mês, certo que receberemos grandes favores desta benigna Soberana. Mas não nos esqueçamos de que o verdadeiro meio de atrairmos sobre nós sua poderosa proteção, é trabalharmos por seguir suas pisadas, e imitar seus exemplos. Proponhamo-nos pois passar este mês tão santamente, que a nossa seja uma fiel imitação da vida d’esta admirável Mãe; e escolhamos antecipadamente as virtudes que queremos praticar para lhe agradar.
ORAÇÃO
Rainha do Céu e da terra, Maria, Mãe do meu Deus e minha Soberana; indigníssimo, como sou, de aparecer em bossa presença, venho todavia prostrar-me a vossos pés, para oferecer-vos as primícias d’este ditoso mês, que vos é consagrado. Ó minha Mãe Santíssima e amabilíssima, lá desde o elevado trono de vossa glória dignai-vos lançar sobre mim vossos olhos de bondade, que são a alegria do paraíso. Fazei ressoar em meu coração daquelas palavras de salvação, cuja doçura encantadora faz enlevar de júbilo a quem as ouve. Misericordiosíssima Virgem, eu sou o último de vossos servos: mas quero ser um daqueles, que vos visitem com mais fidelidade e perseverança durante este mês de graças e de benção. Sim, minha Carinhosa Mãe, visitar-vos-ei o maior número de vezes que poder; virei todos os dias junto de vosso altar bendizer-vos, implorar-vos, louvar-vos, e mostrar-vos o meu amor. Ouso esperar que osso coração maternal, esse coração tão bom, tão terno, tão compassivo, não será insensível ao que desejo fazer por bós, e que me concedereis durante este mês, em toda a minha vida, e particularmente na hora da minha morte, o socorro de vossa proteção poderosíssima.
(Novíssimo Mês de Maria ou Mês das flores dedicado à Santíssima Virgem, 1869. Páginas de 57 à 62)
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
CARTA DA CONGREGAÇÃO DO CONCÍLIO ASSINADA PELO CARDEAL DONATO SBARETTI – MODA INDECENTE FEMININA
Carta da Congregação do Concílio
Cardeal Donato Sbaretti
Moda Indecente Feminina
Muitas vezes, quando a oportunidade surgiu, o mesmo Sumo Pontífice condenou enfaticamente a forma indecente de se vestir aprovada por mulheres e meninas católicas – cuja moda não só ofende a dignidade das mulheres e vai contra o seu adorno, mas conduz à ruína mundana das mulheres e meninas, e, o que é ainda pior, a sua ruína eterna, arrastando outros miseravelmente para baixo em sua queda.
Não é de surpreender, portanto, que todos os bispos e outros ordinários, como é dever dos ministros de Cristo, devem, em suas próprias dioceses, por unanimidade, oporem-se a sua licenciosidade depravada e promiscuidade dos costumes, muitas vezes suportando com firmeza o escárnio e a zombaria levantadas contra eles por esta causa.
Portanto, este Sagrado Concílio, que vigia a disciplina do clero e do povo, enquanto cordialmente elogia a ação dos Veneráveis Bispos, mais enfaticamente, exorta-os a perseverarem na sua atitude e aumentar as suas atividades na medida em que permitam suas forças, a fim de que esta doença insalubre seja definitivamente desenraizada da sociedade humana.
A fim de facilitar o efeito desejado, esta Congregação, pelo mandato do Santíssimo Padre, decretou o seguinte:
Exortação àqueles com autoridade
I. O padre da paróquia e, especialmente, o pregador, quando a oportunidade surgir, deverá, segundo as palavras do Apóstolo Paulo (I Tim 2,9), insistir, argumentar, exortar e ordenar que o traje feminino seja baseado na modéstia e que o adorno feminino seja uma defesa da virtude. Deixá-los igualmente advertir aos pais para fazer com que suas filhas deixem de vestir trajes indecorosos.
II. Os pais, conscientes das suas sérias obrigações com relação à educação, principalmente religiosa e moral, da sua prole, devem fazer com que suas filhas estejam solidamente instruídas, desde a mais tenra infância, na doutrina cristã, e eles próprios devem assiduamente inculcar em suas almas, pela palavra e pelo exemplo, o amor pelas virtudes da modéstia e da castidade, a partir do momento em que sua família deve seguir o exemplo da Sagrada Família, eles devem administrar sua casa de tal maneira que todos os seus membros encontrem razão e incentivo para amar e preservar a modéstia.
III. Que os pais mantenham suas filhas longe do público de jogos e competições de ginástica, mas se as suas filhas são obrigadas a freqüentar essas exposições, deixá-los ver que elas estejam totalmente e modestamente vestidas. Que eles nunca permitam que suas filhas usem trajes indecentes.
IV. Superioras e professores nas escolas para as meninas devem fazer o possível para incutir o amor à modéstia nos corações das donzelas confiadas aos seus cuidados e exortá-las a vestirem-se modestamente.
V. As Superioras mencionadas e professores não devem receber em suas faculdades e escolas meninas vestidas indecentemente, e não devem nem mesmo abrir uma exceção no caso das mães dos alunos. Se, após a admissão, as meninas insistirem em vestir-se indecentemente, as alunas devem ser rejeitadas.
VI. Freiras, em conformidade com a Carta de 23 de agosto de 1928, pela Sagrada Congregação dos Religiosos, não devem receber em seus colégios, escolas, oratórios ou recreativos, ou, no caso, uma vez admitido, tolerar meninas que não estejam vestidas com modéstia cristã; As Freiras mencionadas, além disso, devem fazer o máximo para que o amor à santa castidade e à modéstia cristã possa tornar-se profundamente enraizado no coração de seus alunos.
VII. É desejável que sejam fundadas organizações piedosas de mulheres, que, por seus conselhos, exemplo e propaganda combatam o uso de vestuário inadequado à modéstia cristã, e promovam a pureza dos costumes e a modéstia no vestir.
VIII. Nas associações de mulheres piedosas aquelas que se vestem sem modéstia não devem ser admitidas como membros, mas se, por acaso, elas forem recebidas, e depois de terem sido admitidas, caiam novamente no erro, devem ser demitidas imediatamente.
IX. Donzelas e mulheres vestidas indecentemente devem ser impedidas de receber a Comunhão e de atuar como madrinhas dos sacramentos do Batismo e da Confirmação, e, além disso, se o delito for extremo, podem mesmo ser proibidas de entrar na igreja.
X. Em tais festas ao longo do ano, são oferecidas oportunidades especiais para inculcar a modéstia cristã, especialmente nas festas da Virgem Maria, os pastores e sacerdotes que têm a seu cargo as uniões pias e associações de devotos católicos não devem deixar de pregar um sermão em tempo útil sobre o assunto, a fim de encorajar as mulheres a cultivar a modéstia cristã no vestuário. Na festa da Imaculada Conceição, orações especiais serão recitado todos os anos em todas as igrejas catedrais e paróquias, e quando for possível deve existir uma exortação oportuna por meio de um sermão solene ao povo.
XI. O Conselho Diocesano de Vigilância, mencionado na declaração do Santo Ofício, em 22 de março de 1918, pelo menos uma vez por ano trata especialmente das formas e meios de prover efetivamente a modéstia na vestimenta das mulheres.
XII. Para que esta ação salutar possa prosseguir com maior eficácia e segurança, Bispos e outros Ordinários dos lugares serão a cada terceiro ano, juntamente com o seu relatório sobre a instrução religiosa mencionada no Motu Proprio, Orbem Catholicum de 29 de junho de 1923, informar também a esta Sagrado Congregação sobre a situação no que se refere ao vestuário da mulher, e sobre as medidas que foram tomadas nos termos desta Instrução.
Cardeal Donato Sbaretti, Prefeito
Congregação do Conselho
Roma, 12 de janeiro de 1930
sábado, 18 de agosto de 2018
SOBRE O USO DA CALÇA FEMININA – POR D. WILLIAMSON
A CALÇA FEMININA É UM ATAQUE À FEMINILIDADE DA MULHER
por Dom Richard Williamson.
Caros Amigos e Benfeitores:
O final do Verão pode não parecer ser o mais inteligente momento de optar por escrever sobre o vestuário da mulher. Certamente a chegada, em vez de a partida do clima quente seria o momento para investir contra as roupas indiscretas. No entanto, acontece que várias senhoras neste verão vieram a mim e levantaram a questão das mulheres vestindo calças ou shorts, e o problema é mais amplo e profundo do que apenas imodéstia, embora a imodéstia seja grave.
Dom Antônio de Castro Mayer, por exemplo, costumava dizer que as calças em uma mulher são piores do que a minissaia, porque enquanto a minissaia é sensual e ataca os sentidos, as calças são ideológicas e atacam a mente. Pois realmente as calças das mulheres, como as usadas hoje, curtas ou longas, modestas ou imodestas, apertadas ou soltas, claras ou disfarçadas (como os “culottes”), são uma agressão contra a feminilidade da mulher e por isso representam uma revolta profunda e mentirosa contra a ordem querida por Deus. Isto pode ser menos verdadeiro do que os longos “culottes”, calças que mais se aproximam de uma saia, e na melhor das hipóteses confundidos com saias, mas na medida em que os “culottes” estabelecem o princípio da divisão de vestuário exterior da mulher da cintura para baixo, eles simplesmente disfarçam a desordem grave. Que desordem?
No princípio, Deus criou o homem e a mulher, ambos humanos, mas bastante diferentes, em primeiro lugar o homem, segundo a mulher (Gênesis I, 27; II, 22); mulher para ajudar o homem como ele próprio (Gênesis II, 18), mulher para o homem, não o homem para a mulher (I Coríntios. XI, 9), pois “o homem não é da mulher mas a mulher é do homem” (I Coríntios. XI, 8). Assim, aconteceu que mesmo antes do pecado original Deus ordenou a distinção entre o homem e a mulher, a desigualdade, e a liderança do homem sobre a mulher com o propósito de viver em sociedade e na família sobre a terra.
O pecado original, pelo qual Eva fez Adão pecar e não o contrário (I Tim II, 14), implicou que Eva fosse punida, entre outras coisas, pela manobra da sua subordinação natural e indolor a Adão em uma dominação punitiva dele sobre ela, pois ela tinha mostrado, seduzindo-o, que ela precisava ser controlada… “Estarás sob o poder de teu marido, e ele terá domínio sobre ti” (Gênesis III, 16). Daí para frente, com a transmissão do pecado original a todos os filhos de Adão, passa para todas as filhas de Adão (exceto, é claro, a Santíssima Virgem Maria) esta subordinação punitiva.
Tal como acontece com todos os problemas do pecado, a única solução verdadeira é a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por exemplo, o domínio penoso do homem sobre a mulher é evidente em todas as civilizações e culturas não cristãs e reaparece em nossa atual cultura anticristã. Enquanto que, por outro lado, no matrimônio católico, pela graça sobrenatural, essa subordinação da mulher ao homem se torna cada vez mais, de acordo com sua natureza, proveitosa para os dois, como o era a submissão de Eva antes de ela e Adão caírem.
Mas, fora com o Éden e graça! O mundo moderno não aceita nenhuma das soluções de Jesus Cristo para os problemas de Adão e Eva. Fazendo ídolos de liberdade e igualdade, recusando qualquer desigualdade ou subordinação da mulher ao homem, ele irá negar qualquer distinção entre eles, ele nega, claro, qualquer ordem de Deus em Sua criação, qualquer necessidade de Redenção, e ele vai negar, se necessário, a própria existência de Deus. O feminismo hoje está intimamente ligado à feitiçaria e ao satanismo.
Essas considerações nos levaram a um longo caminho desde a questão de calças das mulheres. É claro, nem toda mulher vestindo short está conscientemente pensando em desafiar a Deus ou em desafiar os homens. Ela é, no entanto, consciente de algo. Ela tem a clara consciência de que short dividido não é como uma saia não-dividida, e a diferença é que o abandono da saia dá-lhe uma vaga sensação – certamente de desconforto, ou de emancipação, ou ambos … Em que esse sentimento se baseia?
A roupa dividida nas pernas, obviamente, libera a parte inferior móvel do corpo para uma série de atividades para as quais a roupa indivisível, como uma saia, é relativamente incômoda. Se Adão teve que ganhar o pão de sua família com o suor de todos os tipos de atividades fora de casa, é perfeitamente normal que o homem use calças, e se uma menina coloca em sua cabeça que deve acompanhá-lo nessas atividades, obviamente as calças da mesma forma emancipam-na para fazê-lo. Shorts são o sinal externo e visível da liberação dela do leque restrito de atividades domésticas.
No entanto, ela está desconfortável, porque as calças não são do uso natural de uma mulher. Assim, dom mesmo modo que nas outras espécies, na espécie humana o sexo feminino é concebido para atrair a atenção do sexo masculino muito mais do que o inverso – compare o número de revistas de beleza masculina e feminina no mercado. Agora o pecado original feriu a natureza humana com a concupiscência (desejo ilícito), em especial nos sentidos do tato, visão e imaginação. Segue-se para questões de roupa que o que poderia despertar a concupiscência precisa ser mais disfarçado na mulher aos olhos do homem do que no homem aos olhos da mulher. Portanto, assim como as calças beneficiam a atividade do homem, as saias convém à dignidade e à honra da mulher. Portanto, enquanto está vestindo suas calças emancipadoras, ela se sente desconfortável – pelo menos até que sua consciência fique entorpecida – ao passo em que ela vai se afastando de sua identidade, papel e dignidade como mulher. Em sua consciência está ressoando a voz do Senhor seu Deus, pronunciando na Lei Mosaica: “A mulher não se vestirá com as roupas do homem, nem o homem usará o vestuário de uma mulher: aquele que faz estas coisas é abominável diante de Deus” (Dt . XXII, 5). E as calças são normalmente vestuário do homem, por razões já expostas.
É claro que se se nega o pecado original que inflama a concupiscência do homem (Gênesis III, 7) e destrói a subordinação da mulher (Gênesis III, 16), as calças das mulheres não são algo tão insensato, mas veja ao seu redor as consequências absurdas de se negar o pecado original! – a doce Polyanna vai para o escritório vestida de forma a inflamar até mesmo uma pedra, mas ai do pobre colega do sexo masculino no escritório que não reagir como uma pedra, porque com as leis recentes (nos EUA), ela irá atacá-lo no tribunal! Insanidade! Em breve, os locais de trabalho terão de exigir com antecedência das mulheres declarações, sob juramento, sobre se elas querem ou não serem abordadas! Mas o que era de se esperar quando as mulheres foram retiradas de suas casas? Isso tudo serve aos homens liberais certeiros em enganar suas mulheres.
Contraste o bom senso de uma avó americana que me disse neste Verão, quando ela estava em retiro aqui em Winona, que olhando para trás em sua juventude californiana ela podia ver que tinha sido muitas vezes induzida a usar calças, e agora ela se arrepende – ela podia ver então que a cada vez [que usava calça] a sua feminilidade tinha sido diminuída. Como disse G.K. Chesterton , não há nada tão oposto ao feminino como o feminismo. As calças das mulheres são uma parte vital, talvez a ruptura essencial, do feminismo.
Quanto à verdadeira feminilidade da mulher, sua importância não pode ser exagerada. Tudo gira em torno das mulheres sendo essencialmente concebidas por Deus para a maternidade, para a educação dos filhos neste mundo, para a sua criação, para a doação da vida, do calor, do amor, do cuidado e da nutrição. Tudo representado pelo leite materno. Para isso os homens não são projetados, disso eles são intrinsecamente incapazes, ainda que disso dependam totalmente para que possam tornar-se seres humanos, em oposição aos desumanos. Em um valioso livro, “The Flight from Woman“, um refinado psiquiatra judeu, Karl Stern, conta como ele podia discernir em incontáveis males dos pacientes da cidade grande, vindos ao seu consultório em Toronto após a Segunda Guerra Mundial, um padrão de falta de feminilidade com a qual ele estava familiarizado através das obras de famosos escritores modernos, como Goethe, Descartes, Tolstoi, Ibsen – não uma falta de mulheres, mas a falta de verdadeiras mulheres femininas, porque os homens e mulheres modernos estão igualmente tripudiando sobre as qualidades e virtudes femininas. Shakespeare destilou esse espírito em Lady Macbeth, protofeminista e satanista:
“Vinde espíritos,
que velais sobre os pensamentos mortais! Retirai-me o sexo
e, dos pés à cabeça, enchei-me até transbordar da mais implacável crueldade!….
Vinde a meus seios e convertei meu leite em fel, vós gênios do assassinato” (Ato I, Cena. V).
Valha-nos Deus! A feminilidade das nossas mulheres está sendo erradicada e o resultado é um modo de vida fadado à autodestruição, condenado a abortar.
Meninas, sejam mães, e, a fim de serem mães, não deixem que cavalos selvagens arrastem-nas em shorts ou calças. Quando as atividades que lhes forem propostas exigirem o uso de calça, se for algo que a sua bisavó fez, então encontre uma maneira de fazê-lo, como ela, usando saia. E se a sua bisavó não fez isso, então esqueça! A geração dela criou seu país, e a sua geração está destruindo-o. É claro que nem todas as mulheres que usam calças abortam o fruto de seu ventre, mas todas ajudam a criar a sociedade abortiva. Antigo é bom, moderno é suicida. Querem parar o aborto? Façam-no pelo exemplo. Nunca usem calças ou shorts. D. Antônio de Castro Mayer estava certo.
Muito sinceramente no Sagrado Coração de Jesus,
+Richard Williamson
Fonte: Tradução (de autor desconhecido) da Carta Pastoral de S.E.Revma.D. Williamson aos amigos e benfeitores de 1º de setembro de 1991.
Original em inglês: http://williamsonletters.blogspot.com.br/2009/02/womens-trousers-are-assault-upon-womans.html
por Dom Richard Williamson.
Caros Amigos e Benfeitores:
O final do Verão pode não parecer ser o mais inteligente momento de optar por escrever sobre o vestuário da mulher. Certamente a chegada, em vez de a partida do clima quente seria o momento para investir contra as roupas indiscretas. No entanto, acontece que várias senhoras neste verão vieram a mim e levantaram a questão das mulheres vestindo calças ou shorts, e o problema é mais amplo e profundo do que apenas imodéstia, embora a imodéstia seja grave.
Dom Antônio de Castro Mayer, por exemplo, costumava dizer que as calças em uma mulher são piores do que a minissaia, porque enquanto a minissaia é sensual e ataca os sentidos, as calças são ideológicas e atacam a mente. Pois realmente as calças das mulheres, como as usadas hoje, curtas ou longas, modestas ou imodestas, apertadas ou soltas, claras ou disfarçadas (como os “culottes”), são uma agressão contra a feminilidade da mulher e por isso representam uma revolta profunda e mentirosa contra a ordem querida por Deus. Isto pode ser menos verdadeiro do que os longos “culottes”, calças que mais se aproximam de uma saia, e na melhor das hipóteses confundidos com saias, mas na medida em que os “culottes” estabelecem o princípio da divisão de vestuário exterior da mulher da cintura para baixo, eles simplesmente disfarçam a desordem grave. Que desordem?
No princípio, Deus criou o homem e a mulher, ambos humanos, mas bastante diferentes, em primeiro lugar o homem, segundo a mulher (Gênesis I, 27; II, 22); mulher para ajudar o homem como ele próprio (Gênesis II, 18), mulher para o homem, não o homem para a mulher (I Coríntios. XI, 9), pois “o homem não é da mulher mas a mulher é do homem” (I Coríntios. XI, 8). Assim, aconteceu que mesmo antes do pecado original Deus ordenou a distinção entre o homem e a mulher, a desigualdade, e a liderança do homem sobre a mulher com o propósito de viver em sociedade e na família sobre a terra.
O pecado original, pelo qual Eva fez Adão pecar e não o contrário (I Tim II, 14), implicou que Eva fosse punida, entre outras coisas, pela manobra da sua subordinação natural e indolor a Adão em uma dominação punitiva dele sobre ela, pois ela tinha mostrado, seduzindo-o, que ela precisava ser controlada… “Estarás sob o poder de teu marido, e ele terá domínio sobre ti” (Gênesis III, 16). Daí para frente, com a transmissão do pecado original a todos os filhos de Adão, passa para todas as filhas de Adão (exceto, é claro, a Santíssima Virgem Maria) esta subordinação punitiva.
Tal como acontece com todos os problemas do pecado, a única solução verdadeira é a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por exemplo, o domínio penoso do homem sobre a mulher é evidente em todas as civilizações e culturas não cristãs e reaparece em nossa atual cultura anticristã. Enquanto que, por outro lado, no matrimônio católico, pela graça sobrenatural, essa subordinação da mulher ao homem se torna cada vez mais, de acordo com sua natureza, proveitosa para os dois, como o era a submissão de Eva antes de ela e Adão caírem.
Mas, fora com o Éden e graça! O mundo moderno não aceita nenhuma das soluções de Jesus Cristo para os problemas de Adão e Eva. Fazendo ídolos de liberdade e igualdade, recusando qualquer desigualdade ou subordinação da mulher ao homem, ele irá negar qualquer distinção entre eles, ele nega, claro, qualquer ordem de Deus em Sua criação, qualquer necessidade de Redenção, e ele vai negar, se necessário, a própria existência de Deus. O feminismo hoje está intimamente ligado à feitiçaria e ao satanismo.
Essas considerações nos levaram a um longo caminho desde a questão de calças das mulheres. É claro, nem toda mulher vestindo short está conscientemente pensando em desafiar a Deus ou em desafiar os homens. Ela é, no entanto, consciente de algo. Ela tem a clara consciência de que short dividido não é como uma saia não-dividida, e a diferença é que o abandono da saia dá-lhe uma vaga sensação – certamente de desconforto, ou de emancipação, ou ambos … Em que esse sentimento se baseia?
A roupa dividida nas pernas, obviamente, libera a parte inferior móvel do corpo para uma série de atividades para as quais a roupa indivisível, como uma saia, é relativamente incômoda. Se Adão teve que ganhar o pão de sua família com o suor de todos os tipos de atividades fora de casa, é perfeitamente normal que o homem use calças, e se uma menina coloca em sua cabeça que deve acompanhá-lo nessas atividades, obviamente as calças da mesma forma emancipam-na para fazê-lo. Shorts são o sinal externo e visível da liberação dela do leque restrito de atividades domésticas.
No entanto, ela está desconfortável, porque as calças não são do uso natural de uma mulher. Assim, dom mesmo modo que nas outras espécies, na espécie humana o sexo feminino é concebido para atrair a atenção do sexo masculino muito mais do que o inverso – compare o número de revistas de beleza masculina e feminina no mercado. Agora o pecado original feriu a natureza humana com a concupiscência (desejo ilícito), em especial nos sentidos do tato, visão e imaginação. Segue-se para questões de roupa que o que poderia despertar a concupiscência precisa ser mais disfarçado na mulher aos olhos do homem do que no homem aos olhos da mulher. Portanto, assim como as calças beneficiam a atividade do homem, as saias convém à dignidade e à honra da mulher. Portanto, enquanto está vestindo suas calças emancipadoras, ela se sente desconfortável – pelo menos até que sua consciência fique entorpecida – ao passo em que ela vai se afastando de sua identidade, papel e dignidade como mulher. Em sua consciência está ressoando a voz do Senhor seu Deus, pronunciando na Lei Mosaica: “A mulher não se vestirá com as roupas do homem, nem o homem usará o vestuário de uma mulher: aquele que faz estas coisas é abominável diante de Deus” (Dt . XXII, 5). E as calças são normalmente vestuário do homem, por razões já expostas.
É claro que se se nega o pecado original que inflama a concupiscência do homem (Gênesis III, 7) e destrói a subordinação da mulher (Gênesis III, 16), as calças das mulheres não são algo tão insensato, mas veja ao seu redor as consequências absurdas de se negar o pecado original! – a doce Polyanna vai para o escritório vestida de forma a inflamar até mesmo uma pedra, mas ai do pobre colega do sexo masculino no escritório que não reagir como uma pedra, porque com as leis recentes (nos EUA), ela irá atacá-lo no tribunal! Insanidade! Em breve, os locais de trabalho terão de exigir com antecedência das mulheres declarações, sob juramento, sobre se elas querem ou não serem abordadas! Mas o que era de se esperar quando as mulheres foram retiradas de suas casas? Isso tudo serve aos homens liberais certeiros em enganar suas mulheres.
Contraste o bom senso de uma avó americana que me disse neste Verão, quando ela estava em retiro aqui em Winona, que olhando para trás em sua juventude californiana ela podia ver que tinha sido muitas vezes induzida a usar calças, e agora ela se arrepende – ela podia ver então que a cada vez [que usava calça] a sua feminilidade tinha sido diminuída. Como disse G.K. Chesterton , não há nada tão oposto ao feminino como o feminismo. As calças das mulheres são uma parte vital, talvez a ruptura essencial, do feminismo.
Quanto à verdadeira feminilidade da mulher, sua importância não pode ser exagerada. Tudo gira em torno das mulheres sendo essencialmente concebidas por Deus para a maternidade, para a educação dos filhos neste mundo, para a sua criação, para a doação da vida, do calor, do amor, do cuidado e da nutrição. Tudo representado pelo leite materno. Para isso os homens não são projetados, disso eles são intrinsecamente incapazes, ainda que disso dependam totalmente para que possam tornar-se seres humanos, em oposição aos desumanos. Em um valioso livro, “The Flight from Woman“, um refinado psiquiatra judeu, Karl Stern, conta como ele podia discernir em incontáveis males dos pacientes da cidade grande, vindos ao seu consultório em Toronto após a Segunda Guerra Mundial, um padrão de falta de feminilidade com a qual ele estava familiarizado através das obras de famosos escritores modernos, como Goethe, Descartes, Tolstoi, Ibsen – não uma falta de mulheres, mas a falta de verdadeiras mulheres femininas, porque os homens e mulheres modernos estão igualmente tripudiando sobre as qualidades e virtudes femininas. Shakespeare destilou esse espírito em Lady Macbeth, protofeminista e satanista:
“Vinde espíritos,
que velais sobre os pensamentos mortais! Retirai-me o sexo
e, dos pés à cabeça, enchei-me até transbordar da mais implacável crueldade!….
Vinde a meus seios e convertei meu leite em fel, vós gênios do assassinato” (Ato I, Cena. V).
Valha-nos Deus! A feminilidade das nossas mulheres está sendo erradicada e o resultado é um modo de vida fadado à autodestruição, condenado a abortar.
Meninas, sejam mães, e, a fim de serem mães, não deixem que cavalos selvagens arrastem-nas em shorts ou calças. Quando as atividades que lhes forem propostas exigirem o uso de calça, se for algo que a sua bisavó fez, então encontre uma maneira de fazê-lo, como ela, usando saia. E se a sua bisavó não fez isso, então esqueça! A geração dela criou seu país, e a sua geração está destruindo-o. É claro que nem todas as mulheres que usam calças abortam o fruto de seu ventre, mas todas ajudam a criar a sociedade abortiva. Antigo é bom, moderno é suicida. Querem parar o aborto? Façam-no pelo exemplo. Nunca usem calças ou shorts. D. Antônio de Castro Mayer estava certo.
Muito sinceramente no Sagrado Coração de Jesus,
+Richard Williamson
Fonte: Tradução (de autor desconhecido) da Carta Pastoral de S.E.Revma.D. Williamson aos amigos e benfeitores de 1º de setembro de 1991.
Original em inglês: http://williamsonletters.blogspot.com.br/2009/02/womens-trousers-are-assault-upon-womans.html
COMO REZAR O ROSÁRIO DA MANEIRA CERTA? SÃO LUIS DE MONTFORT EXPLICA!
É necessária a pureza da Intenção
Não é tanto a duração de uma oração, mas o fervor com a qual é rezada que agrada a DEUS Todo-Poderoso e toca seu Coração.
Mais vale uma única Ave Maria rezada com devoção e fé, que cento e cinquenta rezadas distraidamente.
A maioria dos católicos reza o Rosário, todos os quinze mistérios ou um Terço, ou ao menos, algumas dezenas. Então, porque será que tão poucos, abandonam seus pecados e progridem na vida espiritual?
Com certeza deve ser porque não rezam como se deve! É necessário pensar bem em como se deve orar, se realmente queremos agradar a DEUS e nos tornarmos santos.
Para que se reze o Rosário com fruto é necessário estar em estado de graça ou ao menos que se esteja completamente determinado a abandonar o pecado mortal.
Isto nós sabemos por que os teólogos nos ensinam que as boas obras e as orações são obras mortas, caso sejam feitas em estado de pecado mortal.
Elas não são agradáveis a DEUS, nem podem nos ajudar a ganhar a vida eterna. É por isto que o livro do eclesiástico diz: “O louvor não tem beleza na boca do pecador”(15,9).
Louvores a DEUS, a Ave Maria e o PAI Nosso não são do agrado de DEUS, se forem rezadas por pecadores não arrependidos.
Nosso SENHOR disse: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mc 7,6) É como se Ele estivesse dizendo:
“Aqueles que se inscrevem na Minha Confraria e rezam o Rosário todo dia (até mesmo as quinze dezenas), mas sem se arrependerem de seus pecados, Me honram com os lábios apenas, mais seus corações estão longe de Mim.”
Eu disse que para rezar o Rosário, com proveito, devemos estar em estado de graça “ou pelo menos com firme resolução de deixar de cometer pecados, principalmente os pecados mortais” em primeiro lugar, porque é certo que DEUS só houve as orações dos que estão em estado de graça e seguir-se ia então que as pessoas em estado de pecado mortal não deveriam rezar.
Este ensino é errôneo e é condenado pela santa Mãe Igreja, porque é certo que os pecadores necessitam muito mais rezar que as pessoas justas. Seria uma doutrina horrível, pois é verdade que seria fútil e inútil dizer ao pecador para rezar por inteiro, ou mesmo em parte o seu Rosário porque isto nunca o ajudaria.
Em segundo lugar, porque se eles, os pecadores ingressassem em uma confraria e rezarem o Rosário ou outra, mas não tendo a clara intenção de abandonar o pecado, eles fazem parte dos falsos devotos.
Estes devotos impenitentes, escondidos sob um manto, usando um escapulário e com o Rosário na mão gritam: “Ave Maria, boa Mãe, Santa Maria!…”
E ao mesmo tempo, por seus pecados, eles crucificam Nosso Senhor JESUS CRISTO dilacerando sua carne outra vez.
É uma grande tragédia, pois mesmo dentro das santíssimas Confrarias de Nossa Senhora, almas se precipitaram no fogo do Inferno.
Nós sinceramente aconselhamos a todos a rezar o Santíssimo Rosário:
– aos justos, a fim de que perseverem e cresçam na graça de DEUS;
– aos pecadores, para que saiam dos seus pecados.
– aos justos, a fim de que perseverem e cresçam na graça de DEUS;
– aos pecadores, para que saiam dos seus pecados.
Mas não agrada, nem pode agradar a DEUS, que exortemos a um pecador que faça manto protetor da Santíssima Virgem um manto de condenação para ocultar seus crimes aos olhos públicos.
O Rosário, que é a cura para todos os nossos males, seria trocado por um veneno mortal e funesto. “A corrupção do melhor se torna o pior!”
O sábio Cardeal Hugo afirma: “É necessário ser puro como um Anjo para se aproximar da Santíssima Virgem e rezar a Saudação Angélica.”
Um dia, Nossa Senhora apareceu a um homem imoral dentro de um cesto cheio de frutos, mas o próprio cesto estava cheios de imundícies. O homem teve horror do que vira, e Nossa Senhora disse:
“Tu me serves assim! Apresentas-me belíssimas rosas num cesto imundo. Julgas tu mesmo que posso aceitar presentes desta espécie?”
* * *
Retirado de: 44º Capitulo – Extraído do Livro “O Segredo do Rosário” São Luiz M. Grignion de Montfort.
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
ALOCUÇÃO DO PAPA BENTO XV ÀS DIRIGENTES DA UNIÃO CATÓLICA FEMININA ITALIANA – O VESTIR DA MULHER CATÓLICA
O VESTIR DA MULHER CATÓLICA
Alocução do Papa Bento XV às Dirigentes da União Católica Feminina Italiana
22 de Outubro de 1919
A alteração das condições dos tempos atribuiu às mulheres direitos e deveres que a anterior época não lhes permitira. Mas nenhuma mudança na ação dos homens e nenhuma novidade de coisas ou acontecimentos poderão jamais afastar da família, seu centro natural, a mulher consciente de sua missão. No coração doméstico ela é a rainha; e mesmo quando está longe de casa, deve encaminhar para esta não só o carinho de mãe, mas também os cuidados de sábia regente, da mesma forma que um soberano que esteja fora do território do seu Estado não negligencia o bem deste, mas sempre o coloca no ponto mais elevado de seus pensamentos, acima dos seus próprios cuidados.
Com razão, portanto, pode-se dizer que a alteração das condições dos tempos alargou o campo da atividade feminina: àquela ação mais íntima e estrita que ela desenvolvia entre as paredes domésticas, sucedeu-lhe um apostolado no mundo, mas este apostolado deve ser realizado de modo que a mulher, tanto fora como dentro de casa, seja consciente de que sua primeira responsabilidade, ontem como hoje, é a família. Foi com este critério que quisemos agora informar-nos sobre o crescimento, ainda contínuo, da atividade da mulher católica italiana. É onde aplaudimos o reafirmado propósito “de dedicar-se à educação dos jovens, à melhoria da família e da escola”.
Não esquecemos o direito que se pretende reivindicar à liberdade na educação dos filhos, porque seria coisa de bárbaros sugerir que a mãe que formou as crianças dela fisicamente tenha que manter-se afastada do cuidado e crescimento da porção mais nobre deles.
Apressemo-nos, ao contrário, em alegrar-nos pelo propósito que foi feito de garantir que a mulher católica sinta, além do dever de ser irrepreensível, o dever de mostrar-se tal em seu estilo de vestir. Tal propósito manifesta a necessidade do bom exemplo que deve dar a mulher católica; e oh! quão grave, quão urgente é o dever de repudiar os exageros da moda! Isso surge da corrupção dos seus inventores, dando uma contribuição fatal para a grande corrupção geral dos costumes!
ALGUNS EXCESSOS
Sobre este ponto, queremos insistir de uma maneira especial, porque, por um lado, sabemos que certos estilos de vestuário que estão começando a ser aceitos pelas mulheres são provocadores do mal, e por outro lado nos causa espanto ver que quem favorece o veneno parece ignorar a sua ação maléfica, e quem incendeia a casa parece ignorar a força destruidora do fogo. Mas somente a suposição de tal ignorância torna explicável a infeliz extensão que teve em nossos dias uma moda tão contrária àquela modéstia que deveria ser o mais belo ornamento da mulher Cristã. Se ela se desse conta do que estava fazendo, dificilmente poderia chegar ao ponto de entrar na igreja indecentemente vestida e apresentar-se àqueles que são os naturais e mais credenciados mestres da moral Cristã.
O DEVER DE SE OPOR A ESTA TENDÊNCIA
Oh! Que satisfação tivemos ao perceber que as aderentes à União Católica Feminina têm escrito no seu programa o propósito de mostrar-se irrepreensíveis também na forma de vestir-se! Ao fazê-lo, cumprirão, antes de mais nada, um estrito dever: o de não dar escândalo e de não ser para outros obstáculo no caminho da virtude. Elas também mostrarão ter compreendido que, depois de ter sido ampliada a sua missão no mundo, devem dar bom exemplo, não só dentro de sua casa, mas também no meio das ruas, até mesmo nas praças públicas.
É importante que a mulher Católica aceite esse desenvolvimento. Elas devem sentir tanto uma obrigação social como pessoal neste campo. Por isso, gostaríamos que as numerosas inscritas na União Católica Feminina, hoje reunidas na nossa presença, realizassem entre si uma união para combater as modas indecentes, não somente entre si mesmas, mas também em toda a sociedade que chegue a sua influência.
Seria desnecessário dizer que a mãe Cristã não deve nunca permitir que as filhas cedam às falsas exigências de uma moda não perfeitamente irrepreensível. Mas não é supérfluo acrescentar que toda mulher de nível – e, quanto maior for a posição que ocupa, tanto maior é o dever dela – não deve tolerar na presença dela indecência no modo de vestuário. Uma advertência, dada a tempo, impediria a renovação dessa impertinência audaz, violadora dos direitos da boa hospitalidade. E talvez o eco dessa lição, chegando aos ouvidos daqueles que criam modas desagradáveis, induziria a não manchar-se mais de vergonha, igual ou semelhante à que a sábia mulher teria oportunamente reprovado. Acreditamos que essa união contra os vícios da moda deva ser bem recebida pelos pais e esposos, pelos irmãos e por toda a família dessas corajosas batalhadoras. Certamente, gostaríamos que a promovessem e favorecessem, do melhor modo possível, todos os sacerdotes a quem compete o cuidado das almas, lá onde a moda tenha ultrapassado os limites da modéstia… e, infelizmente, já os ultrapassou em muitos lugares! Mas a nossa palavra seja acolhida principalmente por vós, amadas filhas, que hoje declarastes vosso desejo de fazer um apostolado no meio do mundo.
Nem somente é este bom exemplo parte da missão educativa que compete diretamente à mulher, tanto dentro como fora do círculo familiar. A coragem cristã que inspira o bom exemplo entre a corrupção do mundo, em face à expansão de modas indecentes, torna mais fácil a missão inteira das mulheres na sociedade. O ditado popular “a virtude inspira respeito” é somente bom senso.
CAMPO PARA AÇÃO
Voltemos, porém, amadas filhas, ao exame, que quer ser de louvor, das vossas intenções. Com prazer, percebemos que a União Católica Feminina “promete especialmente dedicar-se à educação da juventude, à melhoria da família e da escola.” É principalmente aqui que dizemos estar satisfeitos por terem sido atendidos os nossos desejos, pois se tivéssemos de fazer um programa para a ação feminina, não teríamos sido capazes de traçar regras diferentes daquelas que são orientadas para o bem-estar da família, da juventude, da escola. E não somente elogiamos a finalidade, mas também aplaudimos os meios que serão usados, “levando, como já se disse muito bem, para toda a vida do país uma visão mais clara da justiça e da caridade”. Oh! Se as novas gerações crescessem formadas nestas virtudes e, especialmente, se se falasse menos em teoria da justiça e da caridade e mais na prática, os debates e as horríveis questões sociais não tardariam a ter uma boa solução.
Para conseguir tal efeito desejável, a mulher católica deve apelar ao dever que têm os pais de exigir uma sólida educação religiosa para seus filhos. Ela deve apelar à obrigação que têm as autoridades civis de não colocar aqui um obstáculo, mas acima de tudo se deve mostrar convencida da necessidade de buscar na Igreja as mais oportunas normas de ação para colocá-las em prática, o mais breve possível.
Mas porque grande é a necessidade do apostolado da mulher, pois a urgência para frear o mal e para fazer florescer o bem é algo maior do que qualquer esforço possível para a criatura, levantamos nossos olhos para o Céu, e ao Céu, de onde nos pode vir o auxílio mais poderoso, confiantes endereçamos a nossa prece. Ó Senhor, seja do Vosso agrado, enobrecer com a Vossa graça os sábios propósitos da União Católica Feminina: abençoai todas aquelas que, depois de os terem manifestado nobremente, devem cuidar da sua execução; abençoai quem, com conselho ou com ação, deve promover o desenvolvimento e assegurar a eficácia da missão confiada à mulher, para que, assim como de um só indivíduo desviado se poderia dizer que foi orientado a um bom caminho pela fidelidade de uma mulher, “pois o marido infiel fica santificado por sua mulher fiel” (1Cor. VII,14), assim possa o mesmo repetir-se a respeito da sociedade atual que voltou ao caminho da salvação graças aos exemplos e aos ensinamentos, em uma palavra, graças à missão da mulher católica.
Papal Teaching, The Woman in the Modern Word, St. Paul Editions (1958)
Alocução do Papa Bento XV às Dirigentes da União Católica Feminina Italiana
22 de Outubro de 1919
A alteração das condições dos tempos atribuiu às mulheres direitos e deveres que a anterior época não lhes permitira. Mas nenhuma mudança na ação dos homens e nenhuma novidade de coisas ou acontecimentos poderão jamais afastar da família, seu centro natural, a mulher consciente de sua missão. No coração doméstico ela é a rainha; e mesmo quando está longe de casa, deve encaminhar para esta não só o carinho de mãe, mas também os cuidados de sábia regente, da mesma forma que um soberano que esteja fora do território do seu Estado não negligencia o bem deste, mas sempre o coloca no ponto mais elevado de seus pensamentos, acima dos seus próprios cuidados.
Com razão, portanto, pode-se dizer que a alteração das condições dos tempos alargou o campo da atividade feminina: àquela ação mais íntima e estrita que ela desenvolvia entre as paredes domésticas, sucedeu-lhe um apostolado no mundo, mas este apostolado deve ser realizado de modo que a mulher, tanto fora como dentro de casa, seja consciente de que sua primeira responsabilidade, ontem como hoje, é a família. Foi com este critério que quisemos agora informar-nos sobre o crescimento, ainda contínuo, da atividade da mulher católica italiana. É onde aplaudimos o reafirmado propósito “de dedicar-se à educação dos jovens, à melhoria da família e da escola”.
Não esquecemos o direito que se pretende reivindicar à liberdade na educação dos filhos, porque seria coisa de bárbaros sugerir que a mãe que formou as crianças dela fisicamente tenha que manter-se afastada do cuidado e crescimento da porção mais nobre deles.
Apressemo-nos, ao contrário, em alegrar-nos pelo propósito que foi feito de garantir que a mulher católica sinta, além do dever de ser irrepreensível, o dever de mostrar-se tal em seu estilo de vestir. Tal propósito manifesta a necessidade do bom exemplo que deve dar a mulher católica; e oh! quão grave, quão urgente é o dever de repudiar os exageros da moda! Isso surge da corrupção dos seus inventores, dando uma contribuição fatal para a grande corrupção geral dos costumes!
ALGUNS EXCESSOS
Sobre este ponto, queremos insistir de uma maneira especial, porque, por um lado, sabemos que certos estilos de vestuário que estão começando a ser aceitos pelas mulheres são provocadores do mal, e por outro lado nos causa espanto ver que quem favorece o veneno parece ignorar a sua ação maléfica, e quem incendeia a casa parece ignorar a força destruidora do fogo. Mas somente a suposição de tal ignorância torna explicável a infeliz extensão que teve em nossos dias uma moda tão contrária àquela modéstia que deveria ser o mais belo ornamento da mulher Cristã. Se ela se desse conta do que estava fazendo, dificilmente poderia chegar ao ponto de entrar na igreja indecentemente vestida e apresentar-se àqueles que são os naturais e mais credenciados mestres da moral Cristã.
O DEVER DE SE OPOR A ESTA TENDÊNCIA
Oh! Que satisfação tivemos ao perceber que as aderentes à União Católica Feminina têm escrito no seu programa o propósito de mostrar-se irrepreensíveis também na forma de vestir-se! Ao fazê-lo, cumprirão, antes de mais nada, um estrito dever: o de não dar escândalo e de não ser para outros obstáculo no caminho da virtude. Elas também mostrarão ter compreendido que, depois de ter sido ampliada a sua missão no mundo, devem dar bom exemplo, não só dentro de sua casa, mas também no meio das ruas, até mesmo nas praças públicas.
É importante que a mulher Católica aceite esse desenvolvimento. Elas devem sentir tanto uma obrigação social como pessoal neste campo. Por isso, gostaríamos que as numerosas inscritas na União Católica Feminina, hoje reunidas na nossa presença, realizassem entre si uma união para combater as modas indecentes, não somente entre si mesmas, mas também em toda a sociedade que chegue a sua influência.
Seria desnecessário dizer que a mãe Cristã não deve nunca permitir que as filhas cedam às falsas exigências de uma moda não perfeitamente irrepreensível. Mas não é supérfluo acrescentar que toda mulher de nível – e, quanto maior for a posição que ocupa, tanto maior é o dever dela – não deve tolerar na presença dela indecência no modo de vestuário. Uma advertência, dada a tempo, impediria a renovação dessa impertinência audaz, violadora dos direitos da boa hospitalidade. E talvez o eco dessa lição, chegando aos ouvidos daqueles que criam modas desagradáveis, induziria a não manchar-se mais de vergonha, igual ou semelhante à que a sábia mulher teria oportunamente reprovado. Acreditamos que essa união contra os vícios da moda deva ser bem recebida pelos pais e esposos, pelos irmãos e por toda a família dessas corajosas batalhadoras. Certamente, gostaríamos que a promovessem e favorecessem, do melhor modo possível, todos os sacerdotes a quem compete o cuidado das almas, lá onde a moda tenha ultrapassado os limites da modéstia… e, infelizmente, já os ultrapassou em muitos lugares! Mas a nossa palavra seja acolhida principalmente por vós, amadas filhas, que hoje declarastes vosso desejo de fazer um apostolado no meio do mundo.
Nem somente é este bom exemplo parte da missão educativa que compete diretamente à mulher, tanto dentro como fora do círculo familiar. A coragem cristã que inspira o bom exemplo entre a corrupção do mundo, em face à expansão de modas indecentes, torna mais fácil a missão inteira das mulheres na sociedade. O ditado popular “a virtude inspira respeito” é somente bom senso.
CAMPO PARA AÇÃO
Voltemos, porém, amadas filhas, ao exame, que quer ser de louvor, das vossas intenções. Com prazer, percebemos que a União Católica Feminina “promete especialmente dedicar-se à educação da juventude, à melhoria da família e da escola.” É principalmente aqui que dizemos estar satisfeitos por terem sido atendidos os nossos desejos, pois se tivéssemos de fazer um programa para a ação feminina, não teríamos sido capazes de traçar regras diferentes daquelas que são orientadas para o bem-estar da família, da juventude, da escola. E não somente elogiamos a finalidade, mas também aplaudimos os meios que serão usados, “levando, como já se disse muito bem, para toda a vida do país uma visão mais clara da justiça e da caridade”. Oh! Se as novas gerações crescessem formadas nestas virtudes e, especialmente, se se falasse menos em teoria da justiça e da caridade e mais na prática, os debates e as horríveis questões sociais não tardariam a ter uma boa solução.
Para conseguir tal efeito desejável, a mulher católica deve apelar ao dever que têm os pais de exigir uma sólida educação religiosa para seus filhos. Ela deve apelar à obrigação que têm as autoridades civis de não colocar aqui um obstáculo, mas acima de tudo se deve mostrar convencida da necessidade de buscar na Igreja as mais oportunas normas de ação para colocá-las em prática, o mais breve possível.
Mas porque grande é a necessidade do apostolado da mulher, pois a urgência para frear o mal e para fazer florescer o bem é algo maior do que qualquer esforço possível para a criatura, levantamos nossos olhos para o Céu, e ao Céu, de onde nos pode vir o auxílio mais poderoso, confiantes endereçamos a nossa prece. Ó Senhor, seja do Vosso agrado, enobrecer com a Vossa graça os sábios propósitos da União Católica Feminina: abençoai todas aquelas que, depois de os terem manifestado nobremente, devem cuidar da sua execução; abençoai quem, com conselho ou com ação, deve promover o desenvolvimento e assegurar a eficácia da missão confiada à mulher, para que, assim como de um só indivíduo desviado se poderia dizer que foi orientado a um bom caminho pela fidelidade de uma mulher, “pois o marido infiel fica santificado por sua mulher fiel” (1Cor. VII,14), assim possa o mesmo repetir-se a respeito da sociedade atual que voltou ao caminho da salvação graças aos exemplos e aos ensinamentos, em uma palavra, graças à missão da mulher católica.
Papal Teaching, The Woman in the Modern Word, St. Paul Editions (1958)
A DEPENDÊNCIA DOS FILHOS DE MARIA
É próprio da infância, e é seu distintivo mais notável viver em estado de dependência.
A quem está entregue a criança? À mãe. De toda criança pode-se dizer o que Monsenhor Gay escreve a respeito do Menino Jesus: “Sua infância esteve entregue a sua Santa Mãe. Durante os nove meses que Ela o trouxe em suas puríssimas entranhas, só pertencia a Ela.
Todo o tempo de sua meninice, Ele não a deixou. Era nos seus braços que repousava e sobre o seu peito que respirava e vivia; era d’Ela imediatamente que dependia em todas as coisas.
José é o chefe da Sagrada Família; mas durante os primeiros anos o pai aparece menos que a Mãe.
Mais tarde, em Nazaré, sua autoridade se exerce mais visivelmente; é a ordem, pois o pai deve dirigir o filho adolescente.
Em Belém, no Templo de Jerusalém, e no começo de sua vida no Egito, o primeiro papel cabe a Maria. Somente Ela o envolve e o veste; somente Ela o alimenta e aquece; e quando é
preciso ir aqui ou ali, Ela é quem o leva” – cf. Mons. Gay, XIX, Elevação.
Tal deve ser o papel da Virgem Santíssima para conosco, seus filhos. Precisamos ser educados na sua escola, pelos seus cuidados, sob o seu olhar… Devemos viver perto d’Ela.
Viver perto de Maria, sob seu olhar vigilante, perto, pertinho de seu coração… eis a vida de um verdadeiro filho de Maria!
Não vivemos de coração e de espírito com aqueles que nos são caros, mesmo depois de a morte no-los ter arrebatado dos braços?
Por que não viveríamos deste modo perto de Maria?
Sua lembrança seria tão suave, tão animadora, nas horas de fraqueza!… Suas lágrimas e seus sorrisos, suavizariam tanto as revoltas e rebeliões dos sentidos!…
Que irradiação de paz seria para as almas o sentirem-se amadas!
Que esperança de perdão para o culpado o ver-se protegido!
Ser dirigido, que abundância de graças para o coração que deseja dedicar-se!
Que luz nas dificuldades da vida! Uma mãe está sempre presente.
“Podeis ter amigos, quantos quiserdes – diz Monsenhor Pio – amigos fiéis, ternos quanto possível; nunca uma criatura vos amará como vossa mãe”.
“Maria nos ama – diz Santo Stanislau Kostka – como Ela amava a seu Filho Jesus”. – Ela tem por nós o mesmo interesse e nos cerca dos mesmos cuidados, da mesma dedicação. É preciso, pois, ir a Ela com a mesma confiança que seu divino Filho.
Oh! Vivamos perto de nossa Mãe!
Cerquemo-nos da lembrança de Maria, como de um manto para abrigar-nos, como de uma luz e de uma força que não nos deixem nunca separar de Deus.
Servos de Maria, devemos-lhe dedicação.
Filhos de Maria, devemos-lhe filial amor.
(O Segredo da Verdadeira Devoção Para com a Santíssima Virgem, segundo São Luís Maria Grignion de Montfort. Pe. Júlio Maria de Lombaerde — CAPÍTULO VI, páginas 49 à 51).
QUARESMA DE SÃO MIGUEL ARCANJO
Início da quaresma: 15 de agosto a 29 de setembro (festa de São Miguel).
Providenciar um altar para São Miguel com uma imagem ou uma estampa.
Todos os dias:
– Acender uma vela benta.
– Oferecer uma penitência.
– Fazer o sinal-da-cruz.
– Rezar a oração inicial.
– Rezar a Ladainha de São Miguel
Oração inicial:
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, cobri-nos com o vosso escudo contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o Deus, instantemente o pedimos; e Vós, príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
Sacratíssimo Coração de Jesus, tende piedade de nós! (três vezes)
Ladainha de São Miguel
Senhor, tende piedade de nós;
Jesus Cristo, tende piedade de nós;
Senhor, tende piedade de nós;
Jesus Cristo, ouvi-nos;
Jesus Cristo, atendei-nos!
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós;
Filho Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós;
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós;
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós;
São Miguel, rogai por nós;
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós;
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós;
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós;
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós;
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós;
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós;
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós;
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós;
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós;
São Miguel, luz dos Anjos, rogai por nós;
São Miguel, baluarte da verdadeira fé, rogai por nós;
São Miguel, força dos que combatem sob o estandarte da Cruz, rogai por nós;
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós;
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós;
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós;
São Miguel, mensageiro da sentença eterna, rogai por nós;
São Miguel, consolador das almas do Purgatório, rogai por nós;
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas depois da morte, rogai por nós;
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós;
São Miguel, nosso Advogado rogai por nós!
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor;
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor;
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Senhor.
– Jesus Cristo, ouvi-nos.
– Jesus Cristo, atendei-nos.
– Rogai por nós glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Jesus Cristo.
– Para que sejamos dignos das Suas promessas. Amém!
Oremos
Senhor Jesus Cristo, santificai-nos por uma bênção sempre nova e concedei-nos, por intercessão de São Miguel, a sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas no Céu e a trocar os bens do tempo presente pelos bens eternos. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Astitit regina a dextris tuis, in vestitu deaurato, circumdata varietate – «Apresentou-se a rainha à tua direita, com manto de ouro, cercada de variedade» (Sl. 44, 10)
Sumário. Maria morre, e acompanhada de inúmeros espíritos celestiais e de seu próprio Filho, entra no céu em alma e corpo. Deus abraça-a, abençoa-a e a faz Rainha do universo, elevando-a acima de todos os anjos e santos. Regozijemo-nos com a divina Mãe, que é também a nossa, e avivemos a nossa confiança nela, invocando-a em todas as nossas necessidades. Roguemos-lhe sobretudo que, assim como ela morreu de puro amor a Deus, possamos nós morrer ao menos com contrição dos nossos pecados.
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Maria morre, mas como? Morre toda desapegada do afeto às criaturas, e morre consumida pelo divino amor, de que o seu santíssimo coração estava sempre todo abrasado. Ó santa Mãe, ides deixar a terra: não vos esqueçais de nós, pobres peregrinos, que ainda ficamos neste vale de lágrimas, combatidos por tantos inimigos, que desejam a nossa perdição eterna. Pelos merecimentos da vossa preciosa morte, vos suplicamos que nos obtenhais o desapego das coisas terrestres, o perdão dos pecados, o amor de Deus e a santa perseverança. E, quando chegar a hora da nossa morte, assisti-nos lá do alto do céu, com a vossa intercessão, e alcançai-nos a graça de irmos ao paraíso beijar os vossos pés.
Maria morre; seu preciosíssimo corpo é levado pelos apóstolos à sepultura, guardado pelos anjos durante três dias, e em seguida transportado ao paraíso. Mas a sua alma formosa, apenas saiu do corpo, entra na beatitude eterna, acompanhada de inúmeros anjos e do seu próprio Filho. Já no céu, a humilde Virgem, adora-o e com afeto imenso lhe agradece todas as graças que lhe foram dispensadas. Deus abraça-a, abençoa-a e a faz Rainha do universo, exaltando-a acima de todos os anjos e santos: Exaltata est sancta Dei Genetrix super choros angelorum ad coelestia regna.
Se, no dizer do Apóstolo, a inteligência não pode compreender a glória imensa que Deus preparou no céu para os seus servos que o amaram na terra; quão grande não será a glória que lhe concedeu à sua santíssima Mãe, que em terra o amou mais do que todos os santos e anjos, e o amou com todas as suas forças? De modo que, chegando ao céu, pôde dizer a Deus: Senhor, se não Vos amei tanto como mereceis, ao menos Vos amei quanto pude.
Alegremo-nos com Maria pela glória a que Deus a sublimou; mas alegremo-nos por nossa causa, porquanto, ao mesmo tempo que Maria foi elevada à dignidade de Rainha do mundo, foi também feita nossa advogada. Advogada tão piedosa, que se encarrega da defesa de todos os pecadores que a ela se recomendam; e tão poderosa junto do nosso Juiz, que ganha todas as causas.
Ó grande, excelsa e gloriosíssima Senhora, prostrados aos pés do vosso trono, nós vos veneramos deste vale de lágrimas, e nos alegramos pela glória imensa com que vos enriqueceu o Senhor. Agora, que já reinais como Rainha do céu e da terra, ah! não vos esqueçais de nós, vossos pobres servos. Do alto do sólio excelso em que reinais, não vos dedigneis devolver os vossos olhos piedosos a nós, miseráveis. Quanto mais vizinha estais da fonte das graças, tanto mais no-las podeis comunicar. No céu descobris melhor as nossas misérias, portanto é preciso que tenhais compaixão de nós e mais nos socorrais.
Ah, Mãe dulcíssima, Mãe amabilíssima! os vossos altares estão cercados de muita gente, que vos pede, este para ser curado de alguma enfermidade, aquele para ser provido em suas necessidades; um vos pede uma boa colheita, outro, a vitória de uma demanda. Nós vos pedimos graças mais agradáveis ao vosso coração: alcançai-nos a humildade, o desapego da terra, a resignação com a vontade divina. Impetrai-nos o santo temor de Deus, uma boa morte, o céu. Numa palavra, mudai-nos de pecadores em santos e fazei que, depois de termos sido cá na terra os vossos fiéis servos, possamos um dia ir gozar da vossa presença no céu.
«E Vós, ó Senhor, perdoai os crimes dos vossos servos: para que, já que não podemos agradar-Vos com as nossas obras, sejamos salvos pela intercessão da Mãe de vosso Filho e Senhor nosso»[1]. Fazei-o pelo amor de Jesus Cristo.
[1] Or. festi.
Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III – Santo Afonso
sábado, 31 de março de 2018
Mês de São José - Dia 31
TRIGÉSIMO PRIMEIRO DIA
Oremos para que nos conceda uma grande devoção a São José.
São José estava constantemente ocupado.
Os Santos têm sempre alguma coisa a fazer e fazem-na sem precipitação e também sem indolência. Feliz por ter de ganhar todos os dias o pão de Jesus e de Maria, José não teria perdoado a si a mínima perda de tempo e este pensamento: Eles não teriam o que precisam, ativava-lhe a coragem e dobrava-lhe as forças. A morte o surpreendeu no trabalho e morreu, com o sorriso nos lábios escutando estas palavras de Jesus: "Empregaste bem a tua jornada: vai servo bom e fiel, vai repousar!"
Ó Jesus, assisti-me na hora da minha morte e dizei-me, como a José, essas dulcíssimas palavras de esperança que me esforçarei por merecer, empregando em vossa glória os dias que me concederdes.
EXEMPLO
A 26 de Janeiro de 1856, deu entrada no hospital das religiosas de São Carlos de Virieux-Pelussin, no Loire, uma moça, em estado quase mortal; perdera o uso de todos os membros e de todas as faculdades físicas. Dispensaram-lhe todos os cuidados e depois de oito dias de cruéis sofrimentos, manifestou pequena melhora, porém continuava ainda surda e muda. Veio nesse Ínterim o mês de São José, e a jovem o fez com as outras enfermas. No derradeiro dia, após a oração habitual e no meio do mais profundo silêncio, quando se passava a recitar a ladainha de São José, ouviu-se a jovem enferma agradecer e invocar a São José lastimando não tê-lo conhecido por tanto tempo. Repentinamente abre os olhos e diz: "Ó, meu Deus, eu vejo!" E, um instante depois, exclama: "eu ouço!" Recobrava sucessivamente o uso dos sentidos. Toda a casa acudiu aos gritos de surpresa e alegria que soltaram as pessoas presentes: "Milagre! Milagre!" Dois dias depois, a doente levantou-se perfeitamente curada.
Roguemos todos os dias ao nosso glorioso Protetor que os nossos olhos nunca se fechem à luz da divina graça, e que os nossos ouvidos se abrem dóceis às palavras de vida e de salvação!
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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira
sexta-feira, 30 de março de 2018
Mês de São José - Dia 30
TRIGÉSIMO DIA
Oremos por nossos benfeitores, a fim de que Deus lhes retribua todo o bem que nos fazem.
São José era reconhecido
O santo Patriarca se havia habituado a ver a mão benfazeja do Senhor abrir-se a cada instante para dar-lhe alguma cousa. A luz de que gozava, o ar que respirava, o pão que ganhava, as forças que possuía; sabia que tudo isso vinha de Deus, e lhe agradecia a todo instante. Essa elevação incessante de seu coração reconhecido conservava-o numa alegria contínua... - Como ele, não recebemos nós tudo de Deus? Oh! se os nossos olhos se abrissem, como abrir-se-ão no céu, veríamos a Providência atenta em nos assegurar o bem estar, a paz, a alegria...
Demos-lhe graças hoje e não lhe desagrademos em coisa alguma. Ousaríamos cometer uma falta no momento mesmo em que Deus nos faz tanto bem?
EXEMPLO
Nos dias nefastos em que Napoleão I perseguiu a Igreja e teve prisioneiro o Sumo Pontífice Pio VI, decretou-se, entre outras coisas, que a igreja de São José, chamada da "Scala," na cidade de Lucca, fosse demolida. Um pedreiro ímpio, ao seguir com outros para a dita igreja, a executar o indigno decreto disse mofando: "Vou agora fazer a barba a São José". E escalando as paredes já fendidas do templo, começou a obra da destruição, descarregando fortes pancadas que repercutiam dolorosamente no coração dos fiéis que a curiosidade e o assombro tinham atraído. Uma pequena trave, de cuja extremidade saía um grande prego pontiagudo, se desprendeu e caiu do teto já abalado; e o prego foi cravar-se violentamente na cabeça do desgraçado sacrílego, que veio ao chão e foi logo um cadáver.
Ofereçamos homenagens e reparações a São José por todas as irreverências e desacatos cometidos contra a sua santa imagem.
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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira
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